quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Conheça 5 dicas para você produzir menos lixo em casa

Utilizar ao máximo os alimentos e ficar atenta às embalagens dos produtos são algumas das ideias. 


Nos dias de hoje não é raro lermos sobre iniciativas que visam a diminuição do lixo produzido entre a população. Em Umuarama (PR), por exemplo, os moradores podem trocar recicláveis por “moedas verdes” para serem utilizadas nas feiras locais. No Município de Barueri (SP), os recicláveis são trocados por desconto na conta de energia elétrica.

Mas esses são só alguns exemplos. Nara Froes de Aguilar Giocondo, bacharel em gestão ambiental pela Esalq/USP e sócia da UNA Assessoria em Sustentabilidade, explica que, em 2010, foi publicada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10), que prevê instrumentos para melhorar a gestão de resíduos no país. “Isso trouxe à tona a temática da reciclagem, a logística reversa de embalagens e produtos, a responsabilidade das prefeituras (exige-se que sejam estabelecidos Planos Municipais de Gestão de Resíduos), a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, consumidores e governo, entre outras ações”, diz.

E nós, enquanto consumidores, também temos nossas responsabilidades. Com ações simples podemos produzir menos lixo em casa, colaborando, assim, com a melhor gestão de resíduos no país.

Confira algumas dicas de como fazer isso:

1. Aposte no “consumo consciente”

Pode parecer óbvio, mas vale a pena repetir. Tudo o que você levar para a sua casa precisa ser processado de uma forma ou de outra. Se não for usado, reciclado ou reaproveitado, onde acabará? No lixo. “O primeiro passo é pensar sempre no consumo consciente, ou seja, repensar suas escolhas e ponderar todos os fatores envolvidos nela, além do preço”, diz Nara.

Dentro desta proposta, é possível seguir muitas ações que implicarão na redução do lixo que você produz em casa.

2. Compre verduras em hortas

“Ao invés de comprar suas verduras nos supermercados, já cortadas e embaladas em uma bandeja de isopor (que é de difícil reciclagem), opte por comprar em hortas, varejões e feiras de seu bairro. Além de reduzir a quantidade de embalagem, você incentiva a economia local, utiliza menos recursos naturais e emite menos gases poluentes no transporte desses produtos”, explica Nara Froes.

3. Reduza o uso de sacolas plásticas

A dica da profissional em gestão ambiental Nara é sempre levar sua sacola retornável ao supermercado. “Você até pode levar para a casa algumas sacolas plásticas (elas não são tão vilãs como dizem por aí), pois são muito úteis no transporte de produtos de limpeza (para não misturar com os alimentos da retornável) e também para eventuais produtos de origem orgânica que podem soltar líquidos (como carnes, alguns queijos frescos, etc.).

Depois, essas sacolinhas devem ser reutilizas para as lixeiras ou no transporte de algum outro material”, explica. “Mas vamos ser sinceros: quando se faz compras apenas com sacolas plásticas, você acaba juntando uma quantidade muito maior do que utiliza quando leva também a retornável. Podemos (e devemos) reduzir isso”, acrescenta.

4. Fique atenta às embalagens

“Sempre que puder, opte pelas embalagens que contenham maior quantidade de seu produto preferido. Além de, em geral, serem mais baratas, também geram menos lixo”, diz Débora Cardoso, bacharel em gestão ambiental pela Esalq/USP, sócia da UNA Assessoria em Sustentabilidade.

A profissional destaca ainda que há diversos produtos que já trabalham com sistema de refil, bem como embalagens retornáveis (para água, refrigerante) – que são boas opções para reduzir a quantidade de recursos utilizados e também a quantidade de resíduos gerados após seu consumo.

“Outra opção bacana é comprar produtos a granel ou embalagens soltas (sem a caixa que junte os diversos saquinhos individuais)”, acrescenta Débora.

É importante ler as embalagens, analisar e comparar. “Utilize as características do produto, aliadas ao preço, como fator de escolha. Busque por opções de ‘rótulos verdes’ ou ‘selos’ em seus produtos preferidos. Alguns mais conhecidos e difundidos são: o símbolo da reciclagem (que mostra que a embalagem poderá ser reciclada depois), o selo FSC (que atesta que o papel foi retirado de fontes controladas e/ou reflorestadas), o selo Fair Trade (ou “comércio justo”, que certifica que foi estabelecido um preço justo, estabelecendo condições de equilíbrio socioambiental na cadeia produtiva), selos de orgânicos (que atesta a não utilização de pesticidas e outros químicos em sua produção), entre outros”, diz a profissional em gestão ambiental.

De acordo com Débora, é bom evitar também comprar algumas embalagens, como por exemplo, isopor e plásticos aluminizados, que têm sua reciclagem dificultada e com custo maior, o que faz com que nem todas as cooperativas tenham acesso.

5. Descarte a embalagem o quanto antes

Débora Cardoso destaca que, se o supermercado contar com postos de coleta de recicláveis, é bom aproveitar para já “desembalar” seus produtos ali mesmo. “Isso facilita a reciclagem e miniminiza as possibilidades de destinação equivocadas”, diz.

Com informações do Dicas de Mulher. 

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