segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mercado prevê corte maior de juros neste ano e mais inflação




O BC realiza semanalmente pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, que dá origem ao relatório de mercado, também conhecido como boletim Focus, documento que foi divulgado hoje.

Para o fim de maio, quando acontece a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pela diretoria e presidente do BC, responsável por fixar os juros básicos da economia, a previsão dos economistas dos bancos para os juros permaneceu em 8,5% ao ano. Isso pressupõe um corte de 0,5 ponto percentual no fim deste mês, visto que a taxa, atualmente, está em 9% ao ano. O mercado prevê ainda dois novos cortes de 0,25 ponto percentual nos juros, sendo um em julho e outro em agosto deste ano - quando a taxa atingiria 8% ao ano, patamar no qual fecharia 2012.

Menor patamar de juros da história
Caso este patamar de juros em 8,5% ao ano no fim de maio se confirme, será o menor da história. Até o momento, a menor taxa de juros já registrada foi de 8,75% ao ano. Na última semana, porém, os economistas também passaram a acreditar que o Banco Central promoverá outro corte nos juros básicos até o fim de 2012, baixando a taxa Selic para 8% ao ano no fechamento deste ano.

Para 2013, o mercado financeiro também continuou prevendo aumento na taxa de juros. Entretanto, a previsão também se alterou. Na última semana, o mercado baixou de 10% para 9,75% ao ano sua estimativa para os juros no fim do ano que vem. Deste modo, embora o mercado ainda preveja elevação dos juros em 2013, este aumento seria menor. O aumento dos juros, pela previsão, começaria já em janeiro do ano que vem.

Mudança de discurso e poupança
A previsão de um novo corte nos juros, no fim deste mês, vem após o Banco Central ter mudado o discurso e informado que "qualquer movimento de flexibilização monetária [redução da taxa básica] adicional deve ser conduzido com parcimônia [moderação]". Com isso, o BC deixou a porta aberta para novas reduções nos juros básicos da economia. Também acontece após o governo ter alterado as regras da poupança, permitindo cortes maiores nos juros.

Sistema de metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para 2012 e 2013, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% – no teto do sistema de metas.

Inflação
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, a previsão dos analistas dos bancos subiu de 5,12% para 5,22% na semana passada. Para 2013, porém, a previsão do mercado para o IPCA recuou de 5,56% para 5,53%.

PIB e câmbio
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, a estimativa do mercado financeiro caiu de 3,23% para 3,20%. Para 2013, a projeção de expansão econômica, do mercado financeiro, permaneceu estável em 4,30% na última semana.

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 subiu de R$ 1,81 para R$ 1,85 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa também avançou de R$ 1,81 para R$ 1,85 por dólar.

Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 permaneceu estável em US$ 19,22 na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira subiu de US$ 14,7 bilhões para US$ 14,9 bilhões.

Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil recuou de US$ 56,7 bilhões para US$ 55,7 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros diretos avançou de US$ 56,4 bilhões para US$ 57 bilhões.


Com informações do G1.

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