sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Aprenda a decorar com peças vintage, contemporâneas e lembranças de viagens

Em seu inspirador apartamento, em São Paulo, a stylist Renata Corrêa aposta na combinação de móveis com estilos diferentes para criar seus ambientes com personalidade.


A busca por um lugar definitivo para chamar de seu não é fácil. Imóveis detonados, preços estratosféricos e lugares sem personalidade são algumas das barreiras. É preciso ter tempo e paciência para comprar a casa dos sonhos. E, no caso da stylist Renata Corrêa, o grande problema era justamente o tempo: apenas dois meses. "No ano passado, eu me separei e, na mesma época, a proprietária do apartamento em que a gente morava pediu o imóvel", conta a mineira, que estudou publicidade e se mudou para São Paulo há dez anos para trabalhar com moda.


O jeito foi correr atrás de um novo lar sozinha. "Os corretores me levavam para conhecer vários lugares, mas eu ia ficando cada vez mais desanimada com o que via", lembra. Até que, um mês e meio depois, esbarrou com o imponente edifício Cazuhe, na Bela Vista. "Nem acreditei quando entrei no único apartamento que estava à venda! Era exatamente o que eu procurava: amplo, com pé-direito alto, varandas, na região em que eu estava acostumada a morar e em um prédio antigo, cheio de personalidade." Negócio fechado.


A fase dois foi a reforma, que tinha de ser a jato. O projeto foi realizado com o arquiteto Dan Zabuski, apresentado por um amigo. "Desde o primeiro encontro, percebi que tínhamos afinidade. Minha intuição não falhou e nossa parceria foi ótima." Do layout original do imóvel, foi derrubada uma parede que dividia as salas de jantar e estar e o banheiro de empregada virou lavabo. A dupla investiu também em novos revestimentos, como o cobogó no lavabo, o ladrilho hidráulico na cozinha e as placas feitas originalmente para área externa colocadas no banheiro principal da casa.

O mobiliário que compõe o décor é resultado de um mix de peças vintage, garimpadas em antiquários e feiras, objetos trazidos de suas viagens, móveis de design contemporâneo e outros que são novos, mas têm roupagem retrô. Algumas peças foram compradas especialmente para a nova casa, como a mesa de jantar da Mixtape Design, que ela combinou com cadeiras da Desmobilia, o tapete da sala, da By Kamy, e a poltrona e a mesa da varanda do quarto, da Loja Teo.


"Apesar de trabalhar com moda, quando volto de viagem acabo trazendo mais coisas para a casa do que roupas", diz Renata, que já chegou a carregar uma pedra de Berlim e um candelabro de madeira de Paris. "Quem trabalha com estética tem o desafio de sempre se reinventar, mas, ao mesmo tempo, não perder o que tem de mais autêntico, que é o seu estilo. Isso vale também para a decoração. Uma casa não pode ser estática, definitiva. O legal é estar em constante mudança, mas preservando a assinatura pessoal."



Apaixonada por art déco, ela acredita que basta um olhar atento para encontrar achados, como aconteceu com suas luminárias e as almofadas estampadas que trouxe da África e custaram uma pechincha. "Não é preciso gastar muito para ter uma casa bem decorada." Outros achados? As cabeças de metal que seguram livros e a fruteira de baquelite da década de 1940, barganhadas na feirinha de antiguidades da Lapa, no Rio. "É claro que em alguns momentos não dá para escapar das grifes.


Quanto às cores, predominam os tons neutros. "São mais difíceis de causar enjoo", explica ela, que também gosta de usar poucas cores fortes em seu trabalho de styling. A regra é quebrada com pontos de dourado e duas paredes verdes, uma na sala e outra no quarto. No mês passado, Renata completou um ano de casa nova e acha que ainda há alguns espaços a serem preenchidos e pequenas mudanças a fazer. "No momento, eu estou feliz com o apartamento do jeitinho que está. Meu projeto agora é arrumar tempo para curti-lo ainda mais."

Com informações do M de Mulher. 

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